De 2 a 5 de outubro, a Swab Barcelona celebra sua 18ª edição, reunindo mais de 50 galerias, espaços expositivos e projetos artísticos de origens nacionais e internacionais em um evento reinventado. A sede emblemática da feira era o Pavilhão Itália da Fira Barcelona até que, em 2003, mudou-se definitivamente para o vizinho Palau de l'Art Tèxtil, um dos edifícios construídos para a Exposição Universal de 1929. Com uma área de 3.000 m², este espaço tornou-se o cenário ideal para o crescimento constante do evento.
Com sua 18ª edição, de 2 a 5 de outubro, o Swab Barcelona inaugura um novo palco sob a direção de Carolina Díez-Cascón e mantendo vivo o legado de seu fundador, o arquiteto e colecionador Joaquín Díez-Cascón. O evento resgata, assim, o espírito fundador da iniciativa: ser uma plataforma para a descoberta da arte mais emergente e destacar o trabalho de artistas, curadores e galeristas que, fora dos circuitos habituais de consumo artístico, promovem novos paradigmas de colaboração, autogestão, produção e representação.

Programa Geral, ADN_Joan Pallé, Coche en llamas (2018).
A edição de 2025 reunirá mais de 150 artistas e 60 projetos de 22 países diferentes, com foco especial em cenas emergentes do Norte da Europa, Sudeste Asiático e América Latina. A feira está estruturada em torno de vários programas que definem seu perfil curatorial. Entre eles, destaca-se o Programa Geral, que agrupa quase metade das propostas e dá voz a galerias estabelecidas no campo da arte contemporânea que, no âmbito da SWAB, se dedicam a projetos mais experimentais, arriscados e intimamente ligados à cena emergente. Das 60 propostas que compõem o programa, vindas de 22 países, cerca de 15 têm raízes em Barcelona. O programa se concentra no fomento de redes colaborativas e inclui exposições coletivas e espaços de diálogo.
Um dos elementos do Swab Barcelona serão os diálogos internacionais. Uma das iniciativas mais relevantes é a dos duetos entre seis espaços autogeridos de Barcelona e seis da América Latina. Um exemplo é a colaboração entre Afterpoema (Buenos Aires) e NOMEVOY (Barcelona), que apresentam uma instalação em forma de altar repleta de simbolismo e com uma encenação de grande força visual.

Programa Geral, weseeitems, Sopo Mamaladze.
Também diversidade artística. A programação inclui propostas muito variadas: desde projetos fotográficos que refletem experiências dolorosas (ADN Galeria), até obras criadas com materiais heterogêneos ou peças sensoriais inovadoras, como as composições olfativas de Suaveart feitas a partir da árvore canforeira. Também não faltam arte digital, nem um pavilhão construído com materiais reciclados.
Ao longo dos quatro dias, serão realizadas inúmeras atividades, incluindo apresentações que unem arte e dança, além de um espaço dedicado às crianças que oferece uma imersão na técnica tradicional japonesa de xilogravura.
O programa MyFAF, promovido pela Fundação SWAB Barcelona, está se consolidando como uma plataforma dedicada a dar visibilidade e apoio a galerias com menos de dois anos de experiência que participam de uma feira internacional pela primeira vez.
A cada edição, por meio de uma bolsa, são escolhidos três espaços que apresentam projetos com uma linha curatorial clara e uma estreita conexão com as novas dinâmicas da arte contemporânea emergente. Em 2025, os espaços selecionados são Néboa (Lugo), Autokomanda (Belgrado) e Outhouse (Londres), que oferecem perspectivas experimentais e comprometidas com as linguagens e os desafios do presente.

MyFAF, NEÌBOA, Andrea Davila Rubio, Peça sentada para 2 (2021).
Participação 2025
As galerias que farão parte da programação geral são: Escat Gallery (Barcelona), ADN Galeria (Barcelona), BETA Contemporary (Barcelona), ethall (Barcelona), PALMADOTZE (Barcelona), Siddiq Projects (Hamburgo), ATM Galeria (Gijón), THA HOUSE (Madri), Reiners Contemporary Art (Marbella), Silica (Cannes), Abbozzo Gallery (Toronto), Iseurrat Artroom (Seul), galeria a66 (Maiorca), bgallery (Barcelona), À Topos (Marselha), Ingahee (Seul), Sham Gallery (Londres), Sol (Nexø), SC Gallery (Bilbao), Le Labo (Génova), items we see (Tbilisi), GE53 (Valência), Dilalica (Barcelona) e Trastienda Machete (México).
Polar e Trópico: criando redes colaborativas e promovendo trabalho comunitário
O programa central desta edição é FOCO: POLAR E TRÓPICO, que propõe um encontro entre espaços independentes do norte da Europa e do sudeste asiático, com o objetivo de gerar um diálogo transversal entre contextos culturais e geográficos muito diversos.

Polar & Tropic, espaço ss, Hojan Silver Lining (2025).
O programa SOLO SHOW conecta espaços da Espanha com iniciativas de países como França e Polônia, com o objetivo de estabelecer redes de cooperação e promover projetos de produção conjunta no cenário europeu.
Por fim, VORTEX apresenta seis conversas entre artistas e galerias da América Latina e do contexto local, dando origem a duplas que compartilham o mesmo espaço expositivo e que, a partir de uma perspectiva relacional, exploram novas formas de intercâmbio artístico e simbólico entre ambas as regiões.