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Discrepâncias sobre o estado de conservação das pinturas de Sixena: MNAC rejeita acusações de humidade

Pintures de la sala capitular de Sixena al MNAC.
Discrepâncias sobre o estado de conservação das pinturas de Sixena: MNAC rejeita acusações de humidade
bonart barcelona - 20/09/25

Há alguns dias, técnicos do Governo de Aragão realizaram uma inspeção no complexo mural de Sixena, conservado no Museu Nacional de Arte da Catalunha (MNAC), durante a qual detectaram sinais de umidade nas pinturas. Esta observação foi comunicada pelo Diretor-Geral da Cultura do governo aragonês, Pedro Olloqui, que indicou que a situação reforça a urgência de se proceder à transferência das obras para o Mosteiro de Sixena. Em vista destas declarações, o MNAC emitiu uma resposta oficial, oferecendo a sua avaliação técnica e institucional sobre o estado de conservação do complexo mural e o procedimento a seguir.

"É uma mentira descarada", afirmou o MNAC com a mesma firmeza em resposta às acusações do Governo de Aragão. "Na sala 16, onde as pinturas estão localizadas, não há umidade", esclarece o museu. "Outra coisa é se houver manchas de umidade, mas elas são antigas e perfeitamente documentadas", acrescentaram.

Segundo técnicos do Museu Nacional de Arte da Catalunha, desde que os murais foram instalados na sala 16 do museu, eles não sofreram nenhum dano por umidade. Eles explicam que isso seria tecnicamente inviável, já que o espaço é cercado por outras salas – tanto acima, abaixo e nas laterais – o que impede a entrada de água do exterior.

Em relação às alterações observadas, como rachaduras, descolamento de tinta ou sinais de umidade, os especialistas do MNAC apontam que elas são consequência do histórico excepcional dessas obras. Eles lembram que as pinturas sobreviveram a um incêndio e foram resgatadas em condições extremas, em plena guerra. Além disso, nos processos de restauração, materiais orgânicos foram aplicados a suportes inorgânicos, que ao longo do tempo reagiram de forma diferente. Eles também destacam a fragilidade dos materiais que compõem o conjunto, como as telas coladas e as antigas estruturas de madeira.

Com esta carta, o MNAC respondeu à carta enviada pelos serviços jurídicos aragoneses ao tribunal de Huesca. Um relatório acompanhado de uma série de fotografias que demonstravam a presença de umidade. As fotografias que comprovariam a presença de umidade foram tiradas por técnicos do Governo de Aragão no final de julho, durante a inspeção técnica iniciada no Museu Nacional de Arte da Catalunha para supervisionar o estado de conservação das pinturas murais de Sixena.

Conforme detalhado por Pedro Olloqui, as imagens mostram umidade no verso de uma das pinturas, especificamente "em um canto de um arco em uma das áreas principais" do complexo mural. Diversos procedimentos técnicos especializados foram utilizados para capturar essas imagens, como câmeras de 360 graus e dispositivos montados em postes. O Diretor-Geral da Cultura do Governo de Aragão descreveu a detecção de umidade como "má notícia", pois, como ele mesmo expressou, é indicativa de deficiências no trabalho de conservação.

Nesse sentido, anunciou que o executivo aragonês solicitou ao Juizado nº 2 de Huesca —encarregado de executar a sentença referente às pinturas murais de Sixena— que ordene a transferência imediata das obras do Museu Nacional de Arte da Catalunha (MNAC) para o mosteiro de Sixena.

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