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Exposicions

Dionis Escorsa em RocioSantaCruz: uma releitura crítica e poética da paisagem e da memória familiar

O artista está expondo pela primeira vez no RocioSantaCruz e o faz como parte do Barcelona Gallery Weekend.

Dionis Escorsa. El llac que respira, 2025.
Dionis Escorsa em RocioSantaCruz: uma releitura crítica e poética da paisagem e da memória familiar
bonart barcelona - 20/09/25

Múltiplas relações e encruzilhadas quando o olhar se dirige à obra de Dionís Escorsa, que conecta representação, espaço, luz e caráter espectral. O artista multidisciplinar de Tortosa cria "O sino cósmico e o lago que respira" no RocioSantaCruz de 18 de setembro a 22 de novembro.

Pela primeira vez, Dionis Escorsa apresenta seu trabalho na galeria, como parte do Barcelona Gallery Weekend . Esta exposição revela o interesse constante do artista em investigar formas de representação visual e sua relação com os elementos que moldam a experiência estética. Escorsa nos convida a uma releitura crítica e, ao mesmo tempo, poética da paisagem e da memória familiar, concebidas não como arquivos estáticos ou fechados, mas como territórios vivos, em constante transformação, suscetíveis de serem reescritos, intervencionados e revisitados a partir de novas sensibilidades e perspectivas contemporâneas.

  • Dionis Escorsa, A flor mais alta, 2025.

A prática artística de Dionis Escorsa é caracterizada por uma fusão sutil entre técnicas tradicionais — como pintura e desenho — e as ferramentas das tecnologias contemporâneas. Essa combinação dá origem a uma poética visual rica e sugestiva, na qual matéria e luz se tornam protagonistas essenciais. Suas obras são frequentemente implantadas em ambientes envolventes, onde reflexos, sombras e atmosferas configuram uma cenografia delicada que transcende a simples contemplação estética. Esses espaços, formados a meio caminho entre a presença física e a transitoriedade perceptiva, desafiam o espectador a partir de uma dupla dimensão: por um lado, ativam os sentidos por meio de texturas, luzes e ritmos visuais; por outro, evocam camadas profundas de memória emocional, abrindo caminhos íntimos de reconhecimento e sugestão.

  • O lago que respira, 2025, Em colaboração com Albert Merino.

"Passei a minha infância inteira sob a pintura de um campanário que fica na sala de jantar dos meus pais. Há alguns meses, perguntei se podia levá-lo comigo para que os sinos pudessem ser ouvidos e ele voltasse a ser um relógio. Agora, até o dia passa ali e você pode ver em tempo real o mesmo clima de Tavèrnoles, a pequena cidade nos arredores de Vic onde meu avô a pintou há quase um século", explica Dionis Escorsa.

Dionis Escorsa entrelaça delicadamente a esfera íntima com o contexto histórico, tecendo uma profunda reflexão sobre memória, representação e os processos de transmissão entre gerações. Por meio desse diálogo entre o pessoal e o coletivo, sua obra transcende os limites da experiência individual para se abrir a significados compartilhados, onde a experiência particular se transforma em uma narrativa com ressonância universal.

  • Dionis Escorsa, A flor mais alta, 2025.

“A série de aquarelas de A Flor Mais Alta parte da pintura de uma cópia o mais perfeita possível do campanário original, para variá-lo gradualmente. Juntas, formam uma paisagem com horizonte contínuo e leitura sequencial que ficcionaliza uma genealogia patriarcal e nos permite visualizar o retrato do meu pai (ao mesmo tempo avô e autorretrato) tocando os sinos-sementes dentro do campanário-flor”, Dionis Escorsa.

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