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Exposicions

Temporada de verão na La Panera: arte imersiva, crítica visual e criação compartilhada

Quatro exposições que exploram a relação entre linguagem, espaço e experiência sensorial a partir de uma perspectiva plural e aberta ao pensamento crítico.

Reflexión Abisal Áurea, Almudena Lobera (2025). Cortesia de l'artista
Temporada de verão na La Panera: arte imersiva, crítica visual e criação compartilhada
bonart lleida - 21/06/25

Neste verão, La Panera de Lleida apresenta uma nova temporada de exposições que oferece perspectivas diversas sobre a arte contemporânea, com foco na percepção, no espaço e na criação coletiva. Até 5 de outubro, o centro acolhe quatro projetos que vão do desenho à instalação, passando pela edição e pela crítica visual, estrelados por Almudena Lobera, Karlos Gil, Editorial Brillo e Miguel Bustos. Esta programação convida a vivenciar a arte como uma experiência ativa que se desenvolve em diálogo com o território, a pedagogia e o público.

La Panera reafirma, assim, seu compromisso com uma curadoria plural e rigorosa, trabalhando com obras que exploram materiais, espaços e diversas formas de se relacionar com o espectador. Entre instalações que brincam com a memória e a percepção, propostas editoriais e atividades participativas, a temporada traça uma jornada que reflete os desafios do nosso tempo a partir de perspectivas muito diversas.

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Almudena Lobera (Madri, 1984) apresenta Secuencia Plano Secuencia, uma instalação imersiva que transforma a arquitetura em um espaço de leitura visual. Uma faixa azul que percorre as paredes gera um efeito que evoca tanto o interior de uma piscina quanto uma estrutura narrativa palíndrômica. Esse jogo entre simetria e ambiguidade coloca o visitante em um território intermediário entre o físico e o mental. Com curadoria de Tiago de Abreu Pinto, a proposta faz parte da trajetória da artista, que explora a relação entre linguagem, espaço e experiência sensorial, aprofundando-se na percepção e na arquitetura como espaço de experimentação.

Por outro lado, Karlos Gil (Talavera, 1989) transforma a sala com colunas no cenário de Need for Speed, uma obra que combina passado agrícola, memória industrial e a ideia de ruína iminente. Por meio de esculturas, videoinstalações e materiais tecnológicos, Gil propõe uma reflexão crítica sobre a aceleração, a obsolescência e o desgaste como sinais característicos do presente. A peça central, Fade, é uma videoinstalação gravada com um drone em fábricas e campos abandonados em Lleida, que se mistura com imagens de corridas subterrâneas. Outras obras, como Final Fantasy ou Phantom Limbs, completam um conjunto que nos convida a repensar o tempo e a velocidade a partir de uma perspectiva crítica e reflexiva.

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A proposta editorial parte da Editorial Brillo, que ocupa o espaço do Centro de Documentação para resgatar o livro como obra artística e como espaço de pensamento visual. Com curadoria de Anna Roigé (el Soleràs, Lleida, 1980), a exposição apresenta publicações, modelos, processos e correspondências que valorizam o gesto editorial como um ato pleno de significado e de cumplicidade entre artistas e editores. Esta exposição aposta na ideia do "brillo" como centelha de sentido que sobrevive à saturação informacional e resgata a publicação como prática artística em si mesma, para além dos ditames comerciais.

Temporada de verão na La Panera: arte imersiva, crítica visual e criação compartilhada Brillo 4: eco, eco, eco eco. Elvira Amor. Brillo Editorial

Por fim, Miguel Bustos (la Sénia, 1984) transforma o espaço miniPanera em uma oficina aberta onde desenho, cor e humor se combinam para estimular a criatividade. Sua proposta convida públicos de todas as idades a participar de uma experiência coletiva que lhes permite intervir, criar e transformar. Com curadoria de Elisa Munsó, esta instalação conecta arte e educação a partir de uma perspectiva próxima, enfatizando o processo e a brincadeira mais do que o resultado final.

Em suma, a programação deste verão na La Panera reforça seu compromisso com a arte imersiva, a crítica visual e a criação compartilhada, seguindo uma linha curatorial plural e rigorosa, aberta ao pensamento crítico e enfatizando a arte como uma ferramenta para desacelerar o ritmo acelerado da vida contemporânea.

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