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A memória industrial de Anglès assume a forma de um museu

Um novo espaço patrimonial abre suas portas para explicar a história industrial do município e sua ligação com o território.

© Teresa Llordés
A memória industrial de Anglès assume a forma de um museu
bonart anglès - 20/06/25

Hoje, um novo espaço dedicado à memória industrial e social de Anglès abre suas portas: o Museu Burés. Você pode visitar vários espaços emblemáticos da antiga fábrica, incluindo a máquina a vapor, e aprender de perto como funcionava essa máquina, que durante décadas marcou o ritmo de vida de toda uma população.

O museu ocupa o edifício que abrigou a máquina a vapor adquirida no início do século XX, quando os verões secos do rio Ter colocaram a produção em risco. Trata-se de um elemento industrial construído pelos Engenheiros Terrestres e Marítimos entre 1900 e 1901, fundamental para o funcionamento da fábrica, apesar do fluxo irregular. Esta peça, ainda em funcionamento e em muito bom estado, foi preservada graças aos esforços do Grup d'Estudis de la Vall d'Anglès, que, entre 2000 e 2006, promoveu a sua proteção. Além disso, em 2010, o edifício foi reconhecido como Bem Cultural de Interesse Nacional, após uma reabilitação realizada pelo arquiteto Adrià Felip.

A memória industrial de Anglès assume a forma de um museu El vapor de la fàbrica Burés.

A história da fábrica começa no final do século XIX, quando uma família de industriais da região de Barcelona decidiu se estabelecer às margens do rio Ter para instalar uma fábrica têxtil. Utilizando a água como fonte de energia e aproveitando o contexto favorável da época, um primeiro armazém foi construído em 1887 e, posteriormente, dois outros foram adicionados, divididos entre os três membros da família Burés. Com o tempo, várias máquinas a vapor chegaram. A que se conserva hoje faz parte de um patrimônio bastante incomum, comparável apenas a algumas máquinas que podem ser vistas em museus do Reino Unido.

O museu não só explica a história desta fábrica e sua tecnologia, como também abre o foco para a trajetória da cidade de Anglès. Ele revisita momentos notáveis como o povoamento pré-histórico, o passado medieval ligado ao Visconde de Cabrera e, sobretudo, a mudança de ritmo que a industrialização implicou. A partir da criação de Burés, o município deixou para trás uma economia basicamente rural e florestal para se tornar um centro ativo, com eletricidade – foi a primeira cidade do estado com iluminação pública elétrica –, um trem e uma expansão urbana que transformou o meio ambiente. A fábrica também influenciou a construção de moradias, tanto para a classe trabalhadora quanto para gestores e técnicos.

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O passeio pelo museu também inclui um olhar sobre a paisagem e os recursos naturais da região. A floresta, o rio e a riqueza geológica foram decisivos para a atividade econômica de Anglès, seja na forma de indústrias derivadas da madeira (como a fabricação de lápis ou palitos de dente), na mineração de Osor ou em outros usos da água como fonte de energia. Outra parte importante do museu é aquela que explica o funcionamento interno da fábrica: como o trabalho era organizado, o que era produzido ali e como evoluiu tecnologicamente. Esta seção é completada com uma visita à máquina a vapor e aos espaços associados, como os galpões de carvão e as caldeiras.

Com a inauguração do Museu de la Burés, Anglès recupera uma parte importante de sua história e a oferece ao público de forma acessível e bem contextualizada. O museu permitirá uma melhor compreensão da relação entre território, recursos naturais e desenvolvimento econômico, aproximando um patrimônio que marcou o ritmo da vida local por décadas.

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