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Exposicions

Helen Levitt: a poesia das ruas em imagens no KBr da Fundación MAPFRE

A exposição analisa a carreira de Levitt em nove seções com cerca de 220 fotografias, incluindo trabalhos inéditos, as imagens do México (1941) e grande parte de seu trabalho colorido, iniciado na década de 1950.

New York, c. 1940, © Film Documents LLC, courtesy Zander Galerie, Cologne
Helen Levitt: a poesia das ruas em imagens no KBr da Fundación MAPFRE

A Fundación MAPFRE apresenta em Barcelona a primeira exposição dedicada a Helen Levitt (Nova York, 1913-2009), baseada na análise dos arquivos da artista, até então acessíveis apenas de forma restrita. A exposição pode ser visitada no Centro de Fotografia KBr e, posteriormente, viajará para Madri, onde será exibida nas salas do Paseo de Recoletos, 23. Esta retrospectiva oferece uma oportunidade única para descobrir a obra de Levitt, pioneira da fotografia de rua norte-americana.

Nesta exposição temporária de Helen Levitt no KBr, você pode descobrir como era a vida nas ruas de Nova York e do México durante o século passado. A fotógrafa e diretora de cinema rompeu com as convenções estéticas de sua época e assinou o único documentário até hoje indicado ao Oscar de melhor roteiro.

  • Cidade do México, 1941, © Film Documents LLC, cortesia da Zander Galerie, Colônia.

Com curadoria de Joshua Chuang, a exposição ficará em cartaz no KBr da Fundação MAPFRE de 24 de setembro a 1º de fevereiro de 2026. As fotografias de Helen Levitt irradiam um mistério que as transforma em verdadeiros enigmas visuais. Seu olhar íntimo e único transforma cenas cotidianas em composições impossíveis de definir em palavras, onde cada detalhe parece flutuar entre a realidade e o sonho. Essa tensão sutil estabelece uma conexão imediata com o espectador, mesmo quando a história escondida em cada imagem permanece oculta entre planos e sombras.

  • Nova York, c.1939, © Film Documents LLC, cortesia da Zander Galerie, Colônia.

A exposição brinca com a dualidade de ver Helen Levitt como uma das fotógrafas mais famosas, mas ao mesmo tempo uma das mais desconhecidas. Alfa e ômega na mesma jornada com uma artista comparável a Henri Cartier-Bresson. Helen Levitt foi uma das primeiras mulheres a se destacar no mundo da fotografia, especialmente no campo do fotojornalismo urbano. Ela sempre evitou impor uma narrativa explícita às suas imagens e preferiu não comentá-las, deixando-as falar por si. O compromisso com essa discrição, longe de diminuir o valor de sua obra, é justamente uma das chaves que a tornam tão fascinante e única.

A exposição oferece uma antologia completa da carreira de Helen Levitt, organizada em nove seções que reúnem mais de 200 fotografias. Além do passeio pelo núcleo de sua obra, a exposição inclui imagens inéditas e o trabalho que ela realizou no México em 1941, bem como uma ampla seleção de seus trabalhos em cores, técnica que ela começou a explorar na década de 1950. Os visitantes também poderão assistir ao documentário In the Street (1948), codirigido por Levitt, bem como a uma projeção de seus slides coloridos, que nos permitem apreciar sua perspectiva única sobre a vida cotidiana com uma nova dimensão cromática. Essa combinação de obras consolida a exposição como uma oportunidade excepcional para descobrir a riqueza e a diversidade de uma das figuras mais relevantes da fotografia de rua do século XX.

  • Nova York, c.1940, © Film Documents LLC, cortesia da Zander Galerie, Colônia.

Helen Levitt, que se dedicou exclusivamente ao seu trabalho, só começou a ganhar reconhecimento público em idade avançada. Embora seu nome esteja intimamente ligado à "fotografia de rua", já que as ruas de sua cidade natal eram o cenário principal de sua produção, ao longo de sua carreira ela também explorou outras áreas: fez incursões no cinema, viajou para o México e experimentou a fotografia colorida, ampliando assim sua perspectiva para além do registro urbano.

As fotografias que sobreviveram do primeiro ano de Levitt com sua Leica mostram suas primeiras tentativas de delinear a direção que queria dar ao seu trabalho e definir sua voz artística. Nos primeiros trabalhos, Levitt foi atraída pelos desenhos a giz que encontrava no caminho para o trabalho, feitos por crianças na rua, numa época em que a arte popular e primitiva estava no auge nos Estados Unidos.

  • Nova York, c.1938, © Film Documents LLC, cortesia da Zander Galerie, Colônia.

Em seguida, chegou à Cidade do México, conheceu Walker Evans e Cartier-Bresson até chegar ao final de 1958, onde Levitt se candidatou a uma terceira bolsa Guggenheim com o objetivo de experimentar "as mais novas técnicas de fotografia colorida", e a obteve no ano seguinte. Apesar de trabalhar com um meio ainda incomum na época, o artista continuou a abordar a cor com a mesma sensibilidade e rigor que aplicava ao preto e branco, mantendo intacta sua visão única da vida cotidiana.

Esta exposição da pioneira da fotografia de rua capturou com sensibilidade e visão poética o cotidiano das ruas de Nova York, especialmente o das crianças e da comunidade urbana. Suas imagens, repletas de detalhes sutis, transformam cenas comuns em pequenos enigmas visuais, gerando conexões imediatas com o espectador sem a necessidade de uma narrativa explícita.

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