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Swab 2025: arte online

A feira retorna às origens apostando em formatos que privilegiem a solidariedade, o trabalho coletivo, a autogestão e formas alternativas de produzir e representar.

© Damien Caccia, JULIO. Solo Show
Swab 2025: arte online
bonart barcelona - 29/06/25

A Swab Barcelona prepara uma nova edição com algumas mudanças notáveis. A feira, que há anos ocupa um lugar de destaque no calendário da arte contemporânea, passa por uma guinada interna e externa com a incorporação de Carolina Díez-Cascón como sua nova diretora. Com essa mudança, a Swab busca retornar às suas origens, enfatizando práticas e propostas emergentes que nem sempre encontram espaço nos circuitos mais convencionais. A intenção é clara: fortalecer a função da feira como ponto de encontro para iniciativas independentes, colaborativas e com vontade transformadora.

De 2 a 5 de outubro de 2025, o Swab celebrará sua 18ª edição e a organização propõe esta edição como um momento de transição, inspirando-se na ideia do solstício e no simbolismo do ano da serpente para falar sobre mudança, renovação e abertura a novas formas de fazer as coisas. A programação deste ano aposta em formatos baseados na solidariedade, na autogestão e na cooperação, sem perder de vista o valor público e comunitário da arte.

Swab 2025: arte online © Natasha Burton, Outhouse gallery. MyFaF

Um dos destaques é o Polar and Tropic, um centro curatorial que reúne treze espaços da região nórdica e do Sudeste Asiático. Esses projetos são liderados por artistas, curadores e coletivos que trabalham a partir de uma perspectiva local, em rede e experimentação, e que compartilham uma perspectiva crítica sobre os sistemas atuais. Haverá também um ciclo de vídeos, uma estação de rádio, uma seção editorial e um espaço aberto para workshops e palestras, com curadoria da Tenthaus, Jatiwangi art Factory e Bunga Siagian. Além de tudo isso, há uma colaboração com o Club9, que trará uma linha mais performática à programação.

Outro foco importante será o Vortex, uma evolução do conhecido programa Emerging LATAM, que conectará jovens projetos da América Latina com o tecido artístico local. Este espaço, idealizado por Santiago Gasquet e Lena Solà Nogué, propõe um diálogo horizontal entre contextos distantes, mas com interesses comuns, explorando novas formas de sustentabilidade e curadoria compartilhada. Contará também com um espaço dedicado ao pensamento crítico, em sintonia com as atividades de rádio e público da feira.

Swab 2025: arte online © Pachinko, Polar and Tropic

Quanto à programação SOLO, ela funcionará a partir do formato de exposição individual, mas com ênfase na autoria coletiva e em espaços autogeridos. Nas palavras dos organizadores, "uma voz única também pode ser uma voz plural", e é a partir dessa ideia que eles pretendem estabelecer vínculos estáveis entre projetos europeus independentes. A Fundação Vila Casas oferece apoio para promover novas colaborações e projetos em rede.

A feira também mantém seus formatos de chamadas abertas. De um lado, o Programa Geral, que este ano integra as seções Geral, Emergente e Semente, para refletir um cenário em que é cada vez mais difícil separar o que está emergindo do que já está consolidado. Essa fusão permite que iniciativas que mesclam experimentação artística com estratégias de mercado ganhem visibilidade. De outro, o programa MyFAF (My First Art Fair) apoia três galerias com menos de dois anos de experiência, oferecendo-lhes um primeiro acesso ao circuito internacional e a oportunidade de apresentar uma proposta com voz própria.

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O vínculo com a cena local também foi fortalecido. Nesse sentido, a Swab inaugura uma colaboração com a Art Barcelona por meio da iniciativa Art Nou, que premia uma galeria emergente que participe da feira. Além disso, o programa IN/OUT conectará as propostas da feira com o espaço urbano de Barcelona por meio de exposições, performances, encontros e visitas paralelas, promovendo a continuidade entre o que acontece dentro do espaço e o que acontece fora dele.

Por fim, a edição deste ano visa ampliar a dimensão pública da feira e seu compromisso com o debate. Para isso, serão programadas palestras e atividades com instituições como a Index e a Fundação Delfina, além de artistas, colecionadores e profissionais do setor. A ideia é gerar espaços de conversa sobre práticas atuais, colecionismo, construção de redes e os desafios de um cenário global cada vez mais instável.

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