Exposicions
Joan Casellas retorna à Fundação Miró com sua série 'Retratos Sentimentais de Nova York'.
A exposição dialoga com a mostra 'Miró e os Estados Unidos' e retoma o espírito experimental que o artista já havia demonstrado no Espai 10 em 1979.
Em 1979, o Espai 10 da Fundação Miró recebeu artistas como Fina Miralles, Carles Pujol, Jordi Benito, Pep Duran e Colita. Essa temporada encerrou com a exposição "Objetos de Teto, Objetos de Mesa, Objetos de Chão" , apresentada de 12 de dezembro de 1979 a 6 de janeiro de 1980, dedicada a Joan Hernández Casellas.
O artista de Teià concebeu esta exposição enquanto estudava na Escola Massana. Apresentou uma série de peças neo-dadaístas que dialogavam com a linguagem artística de Joan Brossa e Marcel Duchamp. As obras, dispostas sobre mesas de bar com as respectivas cadeiras, foram concebidas para serem manipuladas pelo público.
Xavier Domingo Fotografia de Joan Casellas. © Joan Casellas.
Casellas, que mais tarde seguiria o caminho de outros criadores catalães ao se estabelecer nos Estados Unidos, especificamente em Nova York, a capital da arte no final dos anos setenta e início dos anos oitenta, retorna agora à Fundação Miró com Retratos Sentimentais de Nova York , uma exposição instalada no saguão do museu sob a curadoria de Martina Millà, que pode ser vista até 15 de fevereiro de 2026.
Ali, Casellas retratou seu círculo de amigos e o cotidiano que compartilhavam, capturando naturalmente uma cena artística e vibrante em plena efervescência. Suas imagens, repletas de cumplicidade e um olhar íntimo, documentam não apenas as pessoas, mas também um modo de vida e de se relacionar dentro da comunidade criativa de Nova York.
Foto Arquivo Joan Casellas-Aire.
Esta nova exposição, apresentada no hall da Fundação Miró, estabelecerá um diálogo sutil, porém significativo, com a grande exposição dedicada aos laços de Joan Miró com os Estados Unidos, como Miró e os Estados Unidos , uma mostra temporária que pode ser visitada até 22 de fevereiro. A coincidência entre as duas propostas permitirá observar, a partir de duas perspectivas geracionais e artísticas distintas, como as trocas culturais entre a Catalunha e o contexto norte-americano contribuíram para enriquecer trajetórias individuais e tecer conexões internacionais de grande relevância.
Foto Arquivo Joan Casellas-Aire.
