Novo capítulo na disputa sobre os murais de Sixena : o MNAC apresenta uma nova carta de oposição à execução da sentença que obriga a devolução das pinturas a Aragão. Segundo o Museu Nacional de Arte da Catalunha, "esta carta enquadra-se plenamente nos acordos do Conselho de Curadores, que definem o contexto da ação do Museu". O documento mantém os argumentos técnicos e jurídicos defendidos ao longo de todo o processo, com especial ênfase na preservação das obras e nos riscos de danos irreparáveis, apoiados por novos relatórios de peritos nacionais e internacionais, entre os quais se destaca o ICCROM.
Para consolidar sua posição, o museu apresenta novos relatórios de especialistas nacionais e internacionais, entre os quais se destaca o relatório do ICCROM (Centro Internacional de Estudos sobre Conservação e Restauração do Patrimônio Cultural), reconhecido como a autoridade mais destacada em sua especialidade.
O Museu também apresenta um cronograma alternativo, estruturado em fases e com alto grau de detalhamento, que inclui tanto as aprovações administrativas necessárias quanto os procedimentos e padrões de atuação internacionais obrigatórios. O relatório questiona o cronograma proposto pelo Governo de Aragão, lançando dúvidas tanto sobre os procedimentos quanto sobre os requisitos estabelecidos para a tomada de decisões. Também destaca que a empresa que atua em nome do Governo de Aragão possui a experiência e a solvência necessárias para empreender uma operação dessa magnitude. O MNAC propõe um prazo de quinze meses para a devolução dos murais, e não sete, como solicitado pelo juiz.
O Museu fornece novos relatórios que apoiam, ratificam e expandem a posição técnica sobre os grandes riscos e a extrema complexidade da operação. O MNAC solicitou a opinião dos mais prestigiados especialistas internacionais na área e os relatórios confirmam seu diagnóstico sobre a extrema fragilidade das pinturas murais da sala capitular. Entre esses relatórios, vale destacar o da Dra. Simona Sajeva, que complementa seu estudo de 2016, no qual ela analisa a fragilidade das pinturas e aponta os pontos críticos do cronograma proposto pelo Governo de Aragão: a ausência de uma avaliação integrada dos riscos, bem como das perdas potenciais relacionadas à operação, concluindo que tanto o prazo quanto a proposta técnica ignoram os graves riscos de danificar irreparavelmente as pinturas e, portanto, são inviáveis.