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Exposicions

Marria Pratts: florescência

Uma reflexão sobre o processo de vida e a memória, na galeria Mayoral.

Marria Pratts: florescência

Até 19 de julho, a galeria Mayoral de Barcelona expõe a mais recente pintura de Marria Pratts (Barcelona, 1988). O título da exposição, Florescência, faz referência ao processo de maturação das árvores e plantas, que se manifesta com o aparecimento das flores. Esse período de floração marca a transição de um estágio vegetativo para um estágio reprodutivo e, portanto, a exposição pretende ser um reflexo desse processo vital: um momento de lactação e abertura ao mundo que reflete essa latência na pintura de Pratts.

Vale lembrar que no verão passado nasceu seu filho, e Marria decidiu se instalar por dois meses em uma mansão em Son Negre (Maiorca). As experiências vividas durante esse período e seus momentos de observação das formas de vida presentes ao redor da casa foram traduzidas em uma série de esboços e anotações feitas em diversos cadernos. Esses desenhos serviram de base para as pinturas que compõem esta exposição. No contexto da exposição, a noção de florescência se refere à consistência da memória e aos mecanismos que trazem as memórias à tona. Alguns meses atrás, Pratts recuperou e digitalizou vários filmes de família que viu pela primeira vez enquanto trabalhava nas obras para a exposição. Entre esses filmes estão vídeos de família e experimentos cinematográficos feitos por sua mãe, como o que está incluído na exposição.

Marria Pratts: florescência

Nas pinturas desta série predominam o azul cobalto, o cinza, o amarelo ou o vermelho alaranjado, como é o exemplo da obra Veig el sol despertar i el món caminar (2025). Outra obra de destaque é A Vaca e a Garça. Epifania em Son Negre (2025) ou Your Smile (2025), em que se destaca a presença de animais. Segundo Pratts: “Nascimento e morte são eventos universais, mas vivenciados privadamente. Estas pinturas são minhas ferramentas para pensar e confrontar esses eventos. Amor, melancolia e saudade são ideias que se unem em Florescência. Entendo esses três estados como motores de transformação.”

Por sua vez, o crítico de arte Marc Navarro escreve: “As obras reunidas nesta exposição parecem determinadas a restabelecer o equilíbrio entre presenças e ausências, entre a luminosidade do dia e a sonolência da noite. Se vitalidade e exuberância são os traços que caracterizam a obra de Pratts, então esta exposição é um convite a celebrar a vida, com tudo: com sua força repulsiva e sua condição fugaz.”

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Marria Pratts estudou na Escola Massana de Barcelona e desde 2015 realiza exposições individuais em Barcelona, Madrid, Budapeste, Sant Cugat del Vallès, Los Angeles, Nova Iorque, Tóquio e Londres. Participou também de exposições coletivas na feira Can Art Ibiza, em Miami, Los Angeles, Vitória, Copenhague, Estocolmo, Paris e muitas outras cidades.

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