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Entrevistes

Pere Gifre Geli: Imitando e Transformando a Natureza

Pere Gifre Geli: Imitando e Transformando a Natureza

Por ocasião da exposição Mimicking and Transforming Nature, que sediará a Sala Galatea do Alàbriga Hotel & Home Suites de 12 de abril a 12 de julho de 2025, entrevistamos Pere Gifre Geli. O artista nos fala sobre seu fascínio pela natureza, seu processo criativo, a combinação de técnicas tradicionais e digitais em suas esculturas e a conexão emocional que busca gerar no espectador. Descobriremos também algumas das suas obras monumentais mais emblemáticas e os seus próximos projetos internacionais.

Alexandra Planas. Imitando e Transformando a Natureza é o título da sua exposição. Em que sentido seu trabalho reinterpreta esses conceitos?
Pai Gifre Geli. Desde criança sinto um profundo fascínio pelas formas da natureza. Ao longo dos anos, esse fascínio se tornou a força motriz por trás da minha linguagem escultural. Não se trata apenas de imitar, mas de compreender e reinterpretar: capturar a essência orgânica da água, da madeira, das flores ou mesmo dos processos geológicos e transformá-los em composições que se conectam com a alma do observador. Minhas peças são espelhos distorcidos da natureza: elas a recriam, mas também a questionam, a reinventam, a transcendem.

AP. Como surge e evolui o processo criativo de uma de suas peças?
PÁGINA. Tudo começa com uma emoção ou uma reflexão. Às vezes são eventos concretos — como as erupções vulcânicas em La Palma ou a dor das guerras atuais — que me levam a canalizar sentimentos através de formas. Outras vezes, é a beleza da água ou a fragilidade de uma flor que me convidam a explorar novas texturas. Eu desenho esboços e ideias e deixo essas visões se transformarem em matéria por meio de um processo em que a intuição desempenha um papel fundamental.

AP. As obras que veremos tiveram alguma intervenção digital ou são totalmente manuais?
PÁGINA. Minha metodologia combina técnicas tradicionais e digitais. Parte do processo é manual e baseado em materiais, mas gosto de experimentar ferramentas digitais para explorar formas impossíveis ou testar proporções. No final, porém, cada obra tem uma alma que só pode emergir através do contato direto com os materiais.

AP. Quantas peças compõem a exposição e qual o formato delas?
PÁGINA. A exposição inclui cerca de 15 esculturas de parede e 5 esculturas independentes. As dimensões variam para gerar uma experiência imersiva: desde formatos mais intimistas de 80x80 cm até peças monumentais de 150x150 cm que dominam o espaço com força.

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AP. Que técnicas e materiais você usa?
PÁGINA. Trabalhamos com técnicas mistas de acordo com o conceito de cada coleção. Resinas, espumas, fibras de vidro e até elementos naturais tratados são integrados às obras. A pintura final é feita com aerógrafo para obter transições sutis, enquanto os volumes e texturas são feitos com pincel, esponjas ou suas próprias ferramentas. É um processo profundamente físico e ao mesmo tempo poético.

AP. Você também expõe uma série de esculturas menores. O que você pode nos contar sobre eles?
PÁGINA.
As peças de pequeno formato pertencem à coleção Water Feelings, uma série icônica na minha carreira. São esculturas que capturam a água em movimento — sua energia, turbulência e beleza efêmera — em um instante congelado. Criados com alto nível de detalhes e complexidade, alguns foram exibidos em museus e galerias internacionais. Essas são as obras que mais me definem como artista.

AP. Você criou algumas das esculturas internas mais altas do mundo. Você pode nos contar sobre isso?
PÁGINA.
Sim. Algumas das minhas obras mais icônicas são Splash (2008), uma escultura suspensa de 23 metros criada para a Expo Universal de Zaragoza; Cachoeira (2020), uma cachoeira escultural de 26 metros no VP Plaza España Design ***** em Madri; Falls of the Seas (2022), a maior, com 28 metros de altura, instalada no navio de cruzeiro Odyssey of the Seas, da Royal Caribbean; e The Current (2023), uma pintura escultural ao ar livre de 16x6 metros no AKKA Hotel ***** em Palm Beach.

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AP. Como você acha que seu trabalho dialoga com os espaços do Alàbriga Hotel & Home Suites?
PÁGINA. L'Alàbriga é um espaço ideal para o meu trabalho. Ele compartilha valores como o respeito pela natureza, o gosto pelos detalhes e o amor pela arte. O Salão Galatea e o Restaurante Terra oferecem luz natural e um ambiente arquitetônico que eleva cada peça. É uma fusão perfeita entre escultura, espaço e experiência.

AP. Quais são seus próximos projetos?
PÁGINA. Acabamos de instalar uma escultura aquática ao ar livre no novo navio de cruzeiro de luxo da TUI Cruises, o INTUITION. E agora estamos desenvolvendo três projetos monumentais para Flórida, Dubai e Boston, todos inspirados na interação entre água e natureza.

AP. Haverá atividades paralelas durante a exposição?
PÁGINA. Sim. Como muitas obras estão à venda, o acervo será constantemente renovado. Toda vez que uma peça for vendida, ela será substituída por uma nova. Isso faz com que a exposição evolua, convidando você a retornar para descobrir o que mudou. Uma exposição viva.

Pere Gifre Geli: Imitando e Transformando a Natureza

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