O Espai Eat Art de Banyoles, da Fundação Lluís Coromina Isern, inaugura na quinta-feira, 13 de novembro, às 19h, a exposição Lliscar-Flotar: Ingravidesa , que convida a redescobrir a obra do arquiteto e ex-nadador de elite Quim Pujol. A exposição centra-se na intersecção entre arquitetura e desporto, explorando como a carreira do criador no mundo da natação competitiva de alto nível e a sua experiência como líder internacional influenciaram a sua prática arquitetónica.
Por meio desta análise, os visitantes poderão apreciar uma leitura diferente da arquitetura de Pujol, marcada pela sensação de leveza, movimento e pela relação com a água como elemento inspirador.
Quim Pujol participou dos Jogos Olímpicos de Tóquio em 1964 e, a partir daquele momento, o Centro Aquático projetado pelo arquiteto Kenzo Tange, obra icônica, deixou uma marca profunda nele. “Decidi que, ao retornar a Barcelona, ingressaria na Escola de Arquitetura. Não conseguia imaginar uma maneira melhor de dedicar minha vida profissional após o término de minha carreira como nadador competitivo de alto nível.” No campo da arquitetura, ele assinou projetos de destaque ligados a grandes eventos de esportes aquáticos, como as Piscinas do Campeonato Mundial de Natação de 1986 em Madri e a Duna Arena em Budapeste, sede do Campeonato Mundial de Natação de 2017, tendo recebido prêmios como o Prêmio Nacional de Arquitetura Esportiva em 2003.
A exposição oferece um olhar retrospectivo sobre a carreira esportiva e profissional de Quim Pujol, nascido em Banyoles e com uma trajetória desenvolvida internacionalmente. É uma oportunidade para descobrir, sob uma perspectiva criativa, a cumplicidade entre a água e o nadador, bem como a imersão do arquiteto nos volumes que definem seus espaços. A exposição traça um paralelo entre a vertigem de pular na piscina e o momento em que o arquiteto se depara com uma tela em branco.
Entre arte e esporte: uma exposição que une duas disciplinas.
A exposição Lliscar-Flotar: Ingravidesa propõe um olhar singular sobre o encontro entre arte e esporte. Através da obra de Quim Pujol, arquiteto e ex-nadador de elite, o público pode explorar como a disciplina, a tensão e a poesia dos movimentos esportivos se transformam em formas, volumes e espaços arquitetônicos.
A exposição revela os paralelos entre a experiência do nadador — concentração, ritmo, relação com a água — e a prática do arquiteto, que, diante de uma folha de papel em branco, deve projetar com precisão e criatividade. Cada peça em exibição reflete esse diálogo entre corpo e espaço, entre esforço físico e imaginação, convidando os visitantes a perceberem a arte como movimento e o esporte como uma forma de expressão.
A turnê de exposições em Banyoles torna-se, assim, uma ponte entre dois mundos aparentemente distantes, mas profundamente conectados, onde o rigor do esporte e a liberdade da criação artística estão em perfeita harmonia.