José Luis de Vicente decidiu encerrar seu mandato como diretor do Museu do Design de Barcelona, cargo que ocupou por dois anos e meio. A curadora e pesquisadora cultural agora embarca em novos caminhos profissionais, com projetos de destaque tanto no campo acadêmico quanto no curatorial.
De Vicente assumiu a direção do museu após ser escolhido por meio de concurso público convocado pelo Instituto de Cultura de Barcelona, substituindo Pilar Vélez. O projeto foi valorizado pelo júri pela ambição de um enquadramento estratégico orientado para a inovação e a experimentação, com formatos expositivos e plataformas inovadoras, e pela capacidade de ligação ao panorama cultural internacional. Também foi destacada a atenção dada à diversidade de grupos e aos vínculos com o tecido comunitário da cidade.
Entre seus próximos marcos está uma dupla participação na Bienal de Arquitetura de Veneza, que abre em 10 de maio. Por um lado, ele foi convidado a contribuir para a exposição central por Carlo Ratti, curador da edição, com uma proposta audiovisual criada pelo coletivo FAST, que ele codirige com a arquiteta Eva Franch. Ao mesmo tempo, ele também será o curador, junto com Francesca Bria, do simpósio Archipelago Futures, uma iniciativa promovida pela New European Bauhaus no espaço Ocean Space do Tba21. De Vicente combinará essas atividades com o ensino na Universidade de Columbia, em Nova York, onde começará a dar aulas nas próximas semanas.
Durante sua gestão no Design Museum, ele liderou iniciativas como a reorganização da coleção permanente com o projeto Matter Matters, com curadoria de Olga Subirós, e promoveu exposições bem-recebidas como The Ocean Speaks ou Vinçon/Ikea. 100 objetos da Ikea que gostaríamos de ter em Vinçon, duas das exposições mais visitadas da história do centro.
Segundo fontes do Instituto de Cultura de Barcelona, em breve será realizado um novo concurso público para selecionar o diretor do museu, que no ano passado comemorou o décimo aniversário de sua inauguração.