Exposicions
Joan Brossa: Poemas visuais e instalações
Cerca de sessenta obras de um dos poetas mais relevantes e singulares do século XX.
Sob o título Joan Brossa: Visual Poems and Installations, La FACT em Terrassa acolhe até julho uma exposição de Joan Brossa, um artista que soube quebrar as barreiras convencionais entre disciplinas e fundiu poesia, objetos, cenografia e instalações para criar uma proposta artística única e inimitável.
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A exposição tem curadoria de Ricard Planas, crítico de arte e gestor cultural com ampla experiência em promoção de arte contemporânea. Grande conhecedor da obra de Brossa, Planas criou uma exposição que nos permite redescobrir a profundidade do universo criativo do poeta, dando especial ênfase à sua capacidade de transformar o cotidiano em arte. Eu poderia usar este espaço para descrever como era Joan Brossa, mas seu personagem já está gravado em nosso imaginário coletivo como um artista total: polimórfico, tradicional, vanguardista, visual, objetual e cênico; capaz de realizar magias cotidianas e considerado o precursor de happenings e performances como manifestação artística. Brossa foi um visionário que antecipou muitas das tendências hoje consideradas fundamentais na arte contemporânea, como a interatividade e a multidisciplinaridade.
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O que resta agora é seu legado, preservado pela galeria Miguel Marcos, em Barcelona, que está doando parte de seu acervo para que possa ser exposto e apreciado pelo público na cidade de Terrassa. Esta iniciativa não só contribui para manter viva a memória de Brossa, como também aproxima a sua arte das novas gerações. A exposição inclui de tudo, desde poemas sobre objetos até poesia visual e escrita, além de instalações. Todos esses elementos garantem o reconhecimento de um artista que demonstrou interesse por objetos do cotidiano, assim como outros criadores do início do século XX, colocando-os no pedestal metafórico que transforma uma peça em obra de arte. Podemos ver algumas de suas imagens favoritas, como cartas, relógios, máscaras, martelos ou tesouras, objetos simples, mas cheios de significado, que convidam o espectador a observá-los de uma perspectiva completamente nova.
Seu trabalho pode parecer complexo, mas ao mesmo tempo exala um apelo honesto e ingênuo, com certos toques de ironia e cinismo que conferem à exposição um grau de liberdade artística e pessoal. Essa combinação única de simplicidade e profundidade faz com que Brossa continue sendo uma referência indiscutível no cenário artístico contemporâneo.
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