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Exposicions

Chris Ware: uma referência em quadrinhos contemporâneos

Uma exposição imersiva sobre o artista e sua revolução nos quadrinhos, no CCCB.

The Book of Life, Chris Ware (2022)
Chris Ware: uma referência em quadrinhos contemporâneos

As histórias em quadrinhos podem ser consideradas uma forma de escrita visual que, diferentemente da prosa, gera associações e conexões por meio da confluência de texto e imagens. Usando essas propriedades, Chris Ware (Omaha, Nebraska, 1967) se conectou com as origens dos quadrinhos, propôs renovações narrativas poderosas e nos mostrou que os quadrinhos ou histórias desenhadas, mesmo em meio à era digital, podem ser uma das práticas artísticas mais cativantes do nosso presente. Por muito tempo, os quadrinhos pareceram oferecer apenas entretenimento ao leitor, buscando "uma única reação emocional", nas palavras de Ware, mas ele se sente herdeiro daqueles autores que, a partir dos anos 60, se propuseram a transmitir um amplo repertório de emoções por meio dos quadrinhos. Portanto, uma das características do americano é a empatia, ou seja, conceder aos seus personagens a humanidade que Charles Schulz incutiu em seu amado Charlie Brown. Claro, houve muitos outros cartunistas que o inspiraram, desde Schulz, que foi o primeiro a criar personagens empáticos, até Art Spiegelman, Ben Katchor, Lynda Barry, Jerry Moriarty e Frank King.

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Com curadoria de Jordi Costa, chefe do departamento de exposições do CCCB, Desenhar é Pensar é uma exposição coproduzida por este centro e pela feira de quadrinhos de Barcelona (FICOMIC). Ele convida você a explorar cronologicamente a obra de Chris Ware, um dos autores de histórias em quadrinhos mais relevantes e influentes da atualidade, por meio de uma ampla seleção de trabalhos originais, animações, objetos e peças escultóricas, com foco em sua linguagem. “É um artista que marcou uma virada na evolução dos quadrinhos, que em suas mãos deram um salto radical; um autor que lançou as bases teóricas para considerar os quadrinhos como uma grande arte”, diz Costa. Segundo alguns especialistas, comparações de sua obra com Ulisses, de James Joyce, são bastante apropriadas.

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O trabalho de Chris Ware se concentra em eventos que são insignificantes apenas na aparência, mas que permanecem marcados na memória. Bons exemplos são Jimmy Corrigan, o menino mais inteligente do mundo, que ganhou o prêmio Guardian First Book Award e foi selecionado como um dos 100 melhores livros da década pelo Times de Londres em 2009, e também Rusty Brown (Ed. Reservoir Books), duas obras povoadas por personagens tristes, melancólicos e cativantes. Uma característica distintiva de sua prática é que suas histórias em quadrinhos são posicionadas a meio caminho entre o livro e o artefato e, além disso, ele explora e expande as possibilidades criativas do livro como objeto. Sua produção saiu da mídia impressa para chegar aos circuitos artísticos habituais, tendo sido exposta em diversos museus.

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