Antoni Abad: reflexões sobre uma sociedade de consumo que marginaliza grupos humanos

No último domingo, 9 de março, a segunda temporada do podcast INCLASSIFICABLES , apresentado por Ricard Planas e David Escamilla , estreou seu décimo segundo e último episódio da temporada na plataforma 3CAT (Catalunya Ràdio). Neste episódio, eles conversaram com o inclassificável Antoni Abad , artista multidisciplinar que dá voz e visibilidade a grupos marginalizados no universo midiático, e com Jesús Navarro , diretor do Museu Morera, em Lleida , com quem compartilharam desafios futuros.

Durante a conversa, Antoni Abad refletiu sobre sua carreira artística e suas preocupações sociais, desde as primeiras explorações em cerâmica e estruturas materiais até uma prática mais transdisciplinar, focada na relação entre arte, sociedade e tecnologia. Um momento-chave foi em 1993, quando ele descobriu um dispositivo móvel com conexão à internet e câmera integrada, o que lhe abriu uma nova perspectiva para conceber seu trabalho. Ele identificou o potencial da tecnologia para dar voz a grupos frequentemente ignorados pela mídia tradicional, demonstrando como a tecnologia pode ser uma ferramenta para gerar visibilidade e dar espaço àqueles em situações marginalizadas.

Nesse contexto, os criadores devem usar as novas tecnologias, não apenas para criar, mas também para questioná-las e criticá-las? A arte sempre foi um questionamento da realidade, e hoje esse questionamento deve incluir também os novos desenvolvimentos tecnológicos. Nesse sentido, a inteligência artificial, uma das tecnologias mais predominantes hoje em dia, pode nos fazer sentir mais vulneráveis. O que parecia uma ferramenta libertadora agora nos coloca em uma posição mais enfraquecida dentro de um mundo cada vez mais sofisticado?

Por outro lado, Jesús Navarro fala sobre a nova sede do Museu Morera, em Lleida, um espaço fundamental para a arte contemporânea na cidade. Fundado em 1917, o museu passou por vários prédios antes de finalmente se instalar em seu novo espaço, o que abre um interessante capítulo para a arte moderna e contemporânea na região, que agora enfrenta uma nova fase com desafios e projetos.

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