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Exposicions

Alma e matéria de Daniel Alegre

O MAS reconhece o legado do escultor cantábrico com uma exposição ambiciosa e complexa e obras inéditas.

Dolorosa, Daniel Alegre. © Museo Mas
Alma e matéria de Daniel Alegre

O Museu de Arte Moderna e Contemporânea de Santander (MAS) criou um percurso expositivo necessário para reconhecer a obra e o legado do artista Daniel Alegre. Alma e Matéria é criada a partir de vinte e uma esculturas, oito delas inéditas, para reinterpretar a evolução artística de Alegre, mas também o conceitualismo do autor em paralelo aos movimentos da época.

Nascido no final do século XIX em Escalante, o MAS apresenta exposições, mas também trabalhos de pesquisa dos curadores Salvador Carretero, José Cobo, Raúl Reyes e Ruth Méndez, em um percurso de pesquisa já comum no MAS, como com Francisco Iturrino, Juan Navarro Baldeweg, Clara Trueba e muitos outros da comunidade autônoma. Com Daniel Alegre, o andar 0 da sede do museu Santander se enche de peças do artista de enorme talento artístico e criativo que vão desde a vertente simbolista e novecentista até uma mais vanguardista. A exposição também possibilita a recuperação de peças e posteriores análises até então desconhecidas.

Alma e matéria de Daniel Alegre Asuncion Calderon Gomez de Rueda, Daniel Alegre. © Chema Prieto

Figura-chave da escultura cantábrica do século XX, a obra de Daniel Alegre é caracterizada por uma sensibilidade formal e um notável domínio técnico. O espectador com Alma e Matéria terá um olhar duplo entre influências clássicas, mas também modernistas, com uma marca fundamental da abordagem pessoal e expressiva do artista. O mármore será um elemento indispensável onde irradia materialidade e espiritualidade para criar um binômio entre expressão e essência que pode ser visto na exposição do MAS.

Alegre viveu esse momento de reinterpretação e impulso do mundo clássico do início do século XX com figuras-chave como Aristide Maillol ou Josep Clarà, mas Alegre cria uma linguagem própria e o faz com cabeças e bustos de mármore branco que despertam uma luz interior particular, como com Asunción Gómez de Rueda amable de 1925 ou Ana Torres-Quevedo de 1926. São peças que podem transportar a um momento, a uma expressão, a um sentimento ou a uma visão, mas o artista captura o instante e a figura retratada.

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A exposição ficará em cartaz até 15 de junho e reivindica a profundidade do ser humano, assim como faziam os simbolistas ou neoplatônicos com o significado interno das coisas e a conexão entre os elementos. Alma e Matéria reivindica o lugar de destaque da arte de Daniel Alegre e o faz como o artista que fugiu da correria e também, como escreve Francisco Gutiérrez em seu livro O Escultor Esquecido, a importância de um criador pouco conhecido do grande público.

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